Século XXI – Ano 1 – Edição 3 – Janeiro de 2001.


PALAVRA DO PRESIDENTE

FELIZ ANO NOVO!!!!!

E finalmente chegamos ao Século XXI e ao 3º milênio. Torcemos para que este mundo seja melhor, que haja menos tristezas e mais paz, pois, como disse Einstein, “a paz é única maneira de nos sentirmos realmente humanos”. Agradecemos de coração todas as manifestações de apoio e carinho ao “Berelando...” e aproveitamos para dizer que você, caro leitor, é quem faz este informativo melhor. Começamos como uma semente que algum dia será uma árvore frondosa, mas quem rega e cuida desta árvore é você, com seus comentários, suas sugestões e críticas. Continue assim e Feliz Milênio!

Foi um sucesso

O casamento mais esperado por esta rede, como não poderia deixar de ser, foi um sucesso. Zinha e Russo se casaram no dia 23 de dezembro na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe. O casal, como se esperava, conseguiu lotar a igreja numa cerimônia que tinha uma “áurea” de paz e alegria não faltando nem os sucessos da banda preferida do casal: Legião Urbana. E, acredite se quiser, o noivo foi o primeiro a chegar na igreja.
Após a cerimônia, o casal ofereceu aos seus convidados uma recepção no clube Sonho Verde em Embu-Guaçú que contou com a presença de aproximadamente 500 pessoas que se serviram de um delicioso buffet de saladas e churrasco.
O tamanho da recepção não foi espanto para ninguém pois todos sabem o quanto este casal é querido por todos. E merecidamente, pois nunca mediram esforços para ajudar os amigos.
Russo e Zinha torcemos pela felicidade de vocês, afinal vocês merecem.

O casamento passo-a-passo

19h45 – Horário marcado para início da cerimônia;
20h09 – Russo e os padrinhos entram na igreja;
20h14 – Zinha entra igreja (deslumbrante e abaixo da média de atrasos de noiva – cerca de 48 minutos);
20h27 – Entrada do melhor amigo do homem na igreja (o cachorro)
20h39 – Padre Juarez abençoa o casal legitimando a união;
20h47 – Os noivos cumprimentam os padrinhos;
20h53 – Encerramento da cerimônia;
21h17 – Chegada dos noivos no clube Sonho Verde;
02h30 – Encerramento da festa.

O Berelando... explica

Na cerimônia mais aguardada por esta rede, os noivos disseram o “sim” mais sonoro que alguém já ouviu. Nós explicamos.

Russo – O que ninguém percebeu é que a Zinha, disfarçadamente, deu um pisão bem em cima daquela unha encravata que o Russo nunca trata.

Zinha – Queria que todos na igreja (e na vizinhança também) soubessem o quanto ela ansiava por aquele casamento.

Nós erramos (de novo)

Pelo jeito esta coluna será a mais freqüente deste informativo. Bem vamos lá, Thiago Gomes, filho dos beréis Ricardo e Maria nasceu em 20/11, O nome correto de nossa amiga de Viçosa, MG é Elaine Luisa; e finalmente esquecemos o aniversário de Bárbara que foi comemorado em 15/12.

A história de um Rei

Se fosse vivo, Elvis Presley completaria agora em janeiro 66 anos. Nascido Elvis Aaron Presley em 08/01/35 em Tupelo, EUA, era caminhoneiro e por acaso veio a se tornar o Rei do Rock. Em 1953, aproveitando um serviço oferecido pelo selo independente Sun Records, grava um compacto para presentear sua mãe. San Philips, então o dono da gravadora, percebe estar diante do seu sonho: um rapaz branco com “voz e feeling de negro”. O primeiro single “That’s all right” abre o caminho para a gravação do primeiro LP que continha o single “Heartbreak Hotel” que em 1956 chega ao topo da parada começando uma série interminável de hit singles. Ainda em 1956, Elvis estréia no cinema com “Ama-me com ternura” (Love me tender, Robert D. Webb), no qual mostra ao mundo sua dança provocante e sensual, transformando-se no primeiro astro do rock n’roll e no maior ídolo do planeta.

O declínio inicia-se em 1958, quando foi convocado para o serviço militar. Na volta abandona os palcos por 8 anos fazendo somente filmes e trilhas sonoras. Na década de 70, torna-se cada vez mais recluso, na medida em que aumenta sua dependência das drogas, até o dia 16 de agosto de 1977, quando foi encontrado morto no banheiro de sua mansão, Graceland, em Memphis.

A seleção do século

Nos meses de novembro e dezembro de 2000, o berel Neto fez uma pesquisa por e-mail sobre músicas preferidas para se tocar em uma festa. Foram votadas 246 músicas porém, para surpresa de todos, muitas músicas ditas clássicas não apareceram e muitas músicas rotuladas como bregas foram (e muito bem) citadas. Confira as dez mais votadas:

Dancing Queen (ABBA), Staying alive (Bee Gees), Grease (Olivia Newton-John & John Travolta), YMCA (Village People), Always on my mind (Elvis Presley), California Dreamin' (The Mamas and the Papas), Holiday (Madonna), I will survive (Gloria Gaynor), Like a virgin (Madonna), Twist and shout (Beatles).

Fazendo o bem

Em um mundo onde a violência parece dominar em suas mais diversas formas é extremamente reconfortante saber que existe pessoas que, de maneira simples, trabalham para diminuí-la. Fabio Xavier, amigo comum da Rede Berel e de nossos leitores, juntamente com um grupo de amigos resolveu atacar uma das principais causas da violência: o descaso com os moradores de rua. O grupo Resgate (http://grupo.resgate.vila.bol.com.br/index.html) é uma organização não governamental (ONG) que tem como objetivo trabalhar com moradores de rua, levandoalimentos, roupas, cortes de cabelo, primeiros socorros e, principalmente, falar do amor de Deus para comtodos afim de tirar estas pessoas da situação em que se encontram, dando-lhes dignidade e, o que eles já deveriam ter por direito, cidadania.

O projeto ainda está no início e a maioria dos recursos levantados sai do bolso de seus organizadores, porém, eles pretendem fazer muito mais. A entidade já foi registrada seguindo todas as normas da Constituição brasileira e alugaram uma casa na qual essas pessoas tiradas das ruas serão alojadas, participando de cursos profissionalizantes enquanto são providenciados empregos dando-lhes condição de subsistência.

O Grupo Resgate está a procura de parceiros que os ajudem neste trabalho tão nobre e aceitam todo o tipo de colaboração: roupas, alimentos, oportunidades de emprego e doações em dinheiro. A entidade fornece recibos que poderão ser abatidos no imposto de renda. Tudo é feito com bastante transparência e todos os colaboradores poderão acompanhar pessoalmente de que maneira estão sendo empregados os recursos levantados, deixando a contabilidade aberta aos mantenedores e enviando relatórios de entradas e saídas.

Maiores informações pelos telefones:
5841-5724 - Fabio / Graça;
5844-4282 - Walter / Sila;
ou no site da instituição:
http://grupo.resgate.vila.bol.com.br/index.html

Rede Berel no Ar

Maria da Graça, amiga de faculdade do Neto, teve uma ótima idéia: relembrar nosso programa radiofônico criando uma rádio virtual na Internet com a nossa marca. Melhorando ainda mais a idéia, desde o dia 5 de janeiro qualquer internauta que tenha um kit multimídia em seu computador pode ouvir músicas selecionadíssimas de rock, pop e MPB. É uma oportunidade para aquelas pessoas que não ouviram nosso programa de rádio – o Rede Berel no Ar – conhecer nossas preferências musicais enquanto não voltamos às ondas radiofônicas. Para “sintonizar” a rádio os usuários precisam simplesmente ir à nossa homepage – www.redeberel.hpg.com.br - , clicar no ícone “Rede Berel no Ar” e ouvir nossa seleção de músicas entre as quais os clássicos dos Beatles, Rolling Stones e o melhor do rock nacional e da MPB.

Não perca tempo. Acesse hoje mesmo e não esqueça de nos enviar suas críticas e sugestões.

SEJAM BEM-VINDOS A REDE BEREL, CONFRARIA INTERLAGOS

Está confirmado. Fábio e Fátima a partir de 3 de fevereiro estarão sob um novo teto, e melhor, juntos. Como havíamos dito no último “Berelando...” o casal mais simpático da rede resolveu dividir o espaço para as escovas de dentes. A casa fica no Jardim Satélite, nas proximidades do autódromo de Interlagos e os dois já avisaram “as portas estarão sempre abertas para todos os amigos”.

Com certeza estaremos lá. Sejam felizes.

FRASES

"Depois dos quarenta a orelha cresce, o nariz também e o saco cai"
Simone em explicação ao Russo sobre a degeneração da anatomia masculina com a idade.

"...Agora vocês podem ir ver se suas crianças estão boiando no lago"
J. Queiroz na recepção de Russo e Zinha aos pais distraídos que deixaram as crianças brincarem sozinhas ao redor do lago

"Adorei ver meu nome de novo no Berelando... coloquem o meu nome sempre!!!”

Marcinha em dezembro ao ler o Berelando... 2. Bem, parece que conseguiu de novo.

Que felicidade

Viva!!! O casal Luis e Conceição Barros, pais do berel Fabio Barros, completaram no último dia 16 de janeiro 30 anos de casamento. Em comeração foi celebrada uma missa na Igreja do Parque do Lago na qual não faltaram os amigos para dar as congratulações.

Luis e Conceição sejam felizes, nós do “Berelando...” queremos dar esta notícia muitas e muitas vezes.

Do you speak English?

Mais uma amiga está a caminho da terra do Mickey Mouse. Kelly, prima das beréis Andréia e Síria, viajou em 14/01 para a cidade de Chicago localizada no centro-norte dos EUA na divisa com o Canadá, onde passará um ano estudando e trabalhando.

Have a nice travel e não deixe de escrever, a propósito, mande um postal do belo lago Michigan.

Aniversários

Os primeiros aniversariantes do 3º milênio são: Fabio Barros, nosso vice-presidente em 03/01, Luana, sobrinha de Jorge Luis, no dia 04/01, D. Almira no dia 11, Madalena, irmã da Berel Carla no dia 14/01, Edilene no dia 17, Gilson no dia 22 e no dia 29 Dona Adeilde, mãe do berel Valdir e no dia 31/01 Deborah Orfali, amiga do Berel Neto.

Desejamos a todos muitas felicidades.

FIQUE BEREL - Piadas de Russo

Este mês para variar resolvi trazer um pouco de cultura (inútil):
· Na época do descobrimento do Brasil as telhas eram feitas de barro e o molde eram as coxas dos escravos. Alguns tinham a coxa fina outros mais grossa então o telhado ficava disforme. Dai que surgiu a expressão "Fazer nas coxas".
· Na Itália o Antonio tinha uma padaria que não tinha muito movimento. Ele usou a criatividade para aumentar as vendas e misturou na massa nozes e passas. Tamanho foi o sucesso que a receita viro Pan do Toni ou Panetoni.
· Aos domingos os espanhóis iam caçar e cozinhavam para as mulheres. Faziam arroz misturado com o fruto da caça que podia ser também pesca. O prato era feito para ellas ou melhor .... paella. E não paeja!).
· Durante a Guerra de Secessão, quando as tropas voltavam para o quartel após uma batalha sem nenhuma baixa, escreviam numa placa imensa: "O Killed" (zero mortos). Dai surgiu a expressão O.K. para indicar que tudo esta bem.
· Cada rei no baralho representa um grande Rei/Imperador da historia: Espadas: Rei David (Israel) Paus: Alexandre Magno (Grécia/Macedônia) Copas: Carlos Magno (Franca) Ouros : Julio Cesar (Roma)
· Quando os conquistadores ingleses chegaram a Austrália, se assustaram ao ver uns estranhos animais que davam saltos incríveis. Imediatamente chamaram um nativo (os aborígines australianos eram extremamente pacíficos) e perguntaram qual o nome do bicho. O índio sempre repetia "Kan Ghu Ru", e portanto o adaptaram ao inglês, "kanguroo" (canguru). Depois, os lingüistas determinaram o significado, que era muito claro: os indígenas queriam dizer: "não te entendo".
· A parte do México conhecida como Yucatan vem da época da conquista, quando um espanhol perguntou a um indígena como eles chamavam esse lugar, o índio respondeu "Yucatan". Mas o espanhol não sabia que ele estava informando "não sou daqui".
· Antigamente, na Inglaterra, não se podia fazer sexo sem o consentimento do Rei (a não ser que se tratasse de um membro da família real). Quando queriam fazer amor, tinham que pedir para o monarca, que lhes entregava uma placa, que deviam colocar na frente da porta de seu quarto enquanto tivessem relações. A placa dizia “Fornification Under Consent of the King". Essa é a Origem da palavra inglesa "fuck". (Enciclopédia Britânica)

Histórias da Rede

A 1ª viagem ou tudo que você queria saber sobre atrasos mas não tinha a quem perguntar
Por Neto

Como vocês perceberam na 1ª parte, atraso é algo muito comum nas histórias da Rede Berel. Na edição de novembro, nossos heróis, após uma busca de mais de 2 horas, localizaram o local onde deveria estar estacionado o carro (se é que podíamos chamar aquela Brasília de carro), porém, cansado de esperar pelos amigos, conclui que eles já deviam ter voltado de carona com o Jorge e o Russo e voltei acompanhado pelo casal Dena e Gaio. Como vocês perceberam, isso não tinha ocorrido o que gerou pelo menos uma semana de “bico” entre os participantes do evento, mas, entre mortos e feridos, sobreviveram todos.

No carnaval daquele mesmo ano (1995), Russo já tinha programado uma viagem para a cidade de Navegantes em Santa Catarina e convidou a mim e ao Fábio. Como o Fábio não teria folga naquele feriado e eu não conhecia ninguém do pessoal, com exceção do Russo, pedi para que o Jorge também fosse. Desta forma eu não ficaria deslocado no passeio. Tudo acertado, passagens compradas, combinamos de se encontrar na Rodoviária, na plataforma de embarque, meia hora antes da partida do ônibus.

Eu, no horário marcado estava lá. Procurei pelos meninos: Jorge, Russo e Sílvio, este último eu tinha visto apenas uma vez antes daquele dia, e nada de encontrá-los. Como havia pelo menos uma hora para o horário de partida, sentei em um canto e os aguardei. O tempo foi passando e nada desta turma chegar. Sempre de olho na plataforma comecei olhar as pessoas tentando descobrir quais delas pertenciam ao nosso grupo, pois além de nós quatro, havia mais alguns amigos de Jorge e Russo.

Quando faltavam cinco minutos para o embarque resolvi me apresentar (havia uma moça que eu já havia visto antes e deduzi que deveria estar no nosso grupo). “- Oi! Vocês estão esperando o Jorge, o Russo e o Sílvio?” Como a resposta foi positiva, eu contei rapidamente minha história e me apresentei a todos, eram no total 18 pessoas e todos também estavam preocupados com o atraso daqueles três.

Para a sorte de todos o ônibus também estava atrasado. Quinze minutos depois chegam os três correndo feito loucos e contavam uma história estranha que envolvia McDonald´s e táxi. Após as devidas explicações e como eu já estava “apresentado” mesmo, aguardamos o ônibus ansiosamente. Meia hora se passou e nada de ônibus, a Rodoviária estava super lotada (por causa do feriado) e o calor era insuportável. Eu e Jorge resolvemos comprar algumas cervejas, a contragosto de todos pois o ônibus poderia chegar, saímos a procura das “loiras” geladas e tivemos que aguardar numa fila enorme para conseguirmos cerveja morna e o pior, o ônibus já havia encostado e só faltava nós dois.

Como Russo já dizia naquela época, isto é bobagem. Finalmente a caminho das praias de Santa Catarina. No início era tudo bom, mas depois de algumas horas, o pequeno rádio-gravador de Jorge Luis começava a incomodar. Não pela música mas pelo tamanho mesmo. Devíamos ter comprado uma passagem só para transportá-lo. Mesmo com o incômodo do equipamento de som, a viagem transcorreu bem até a divisa entre o estado do Paraná e Santa Catarina, pois, devido à queda de barreiras (havia chovido muito naquela semana) a viagem que seria de 6 oito horas se estendeu para 11.

Após 11 horas dentro de um ônibus e com um assento a menos - tivemos que fazer um rodízio para carregar o rádio-gravador - chegamos ao nosso destino, ou melhor quase. Ainda tínhamos que pegar uma balsa, que perdemos por um minuto, e após isto pegar outro ônibus, que perdemos por uma balsa.

Após encontros e desencontros chegamos a pequena praia de pescadores onde passaríamos aquele carnaval. Foram 3 noites e dois dias inesquecíveis, com direito a baile de carnaval, bebedeiras homéricas, banhos de ma noturnos sem roupa e até um passeio no maravilhoso mundo de Beto Carrero e, acreditem se quiser, sem nenhum tipo de atraso. Porém teve um fato muito engraçado que envolveu a mim e ao Jorge Luis ainda na primeira noite. Estávamos tomando as últimas cervejas no baile de carnaval quando ao acaso conhecemos duas garotas. Até ai tudo bem, porém uma das meninas resolveu entrar em coma alcoólico e lá vou eu, com o dono do bar socorrer a garota. Como no carro não caberia nós dois, Jorge Luis voltou para casa e resolveu me aguardar na rede estendida na varanda. Algumas horas depois, chego em casa e percebo que o Jorge dorme na varanda e vou acorda-lo. Eu já estava conversando com ele por aproximadamente 5 minutos quando ele percebeu que eu já tinha chegado e me inundou de perguntas sobre a garota. Só o Jorge mesmo.

Terça-feira, dia de voltarmos, arrumamos tudo, o último banho de mar, fechamos a casa e fomos para estrada de novo. Esperamos aproximadamente 2 horas até percebermos que chegamos tarde demais para pegarmos o ônibus que nos levaria até a rodoviária (a propósito as passagens já estavam compradas, ou seja, tínhamos horário de partida marcado). A solução foi alugar o primeiro caminhão que vimos, fizemos a famosa “vaquinha” e choramos muito para que um senhor nos levasse pelo menos até a balsa do rio Itajaí. Desta vez não perdemos a balsa, mais foi por alguns segundos. Do outro lado do rio, percebemos que não teria outra saída a não ser pegarmos um táxi, quero dizer três, até a rodoviária e chegamos todos esbaforidos com o ônibus de porta fechada preparando para sair da plataforma. Cinco minutos após a partida do ônibus, nós ainda estávamos ofegantes com a corrida, nosso ônibus se envolve em um acidente com um ciclista arremessando‑o em um córrego na lateral da pista. É lógico que tínhamos que ajudar. Pulamos literalmente na lama para retirarmos o ciclista. Enquanto esperávamos outro ônibus conhecemos uma boa alma que nos emprestou sua casa para que pudéssemos tomar um banho, bem rápido por sinal, pois, em meio à espuma de sabão ouvimos uma voz nos apressando dizendo que o ônibus havia chegado e queria partir sem a gente. Correria novamente. Pelo menos desta vez a viagem foi rápida.

Finalmente chegamos a Curitiba (é amigo leitor eu me esqueci de dizer mais não havia mais passagens direto para São Paulo partindo de Navegantes) e corremos para comprar passagens para São Paulo. Descobrimos que teríamos 3 horas para embarcar no ônibus que nos traria de volta a São Paulo e o diabinho começou soprar em nossos ouvidos: “‑ Vamos conhecer o centro de Curitiba”, alguém disse para fúria de Silvio que não queria que ninguém saísse do terminal rodoviário, depois de tudo que já havia acontecido, ele tinha toda razão, mas, na Rede Berel, as coisas não acontecem de forma lógica, um grupo se dividiu e resolveu jantar no McDonald´s. É lógico que alguém se perdeu (este que vos escreve) e lá se foram mais duas corridas de táxi novamente. Pelo menos desta vez não chegamos atrasados para o embarque, faltava um minuto inteiro ainda.

Após tudo isso chegamos em casa na manhã da quarta-feira de cinzas, cansados porém contentes. Na primeira reunião do grupo (aquela que todo mundo faz para ver as fotos) resolvemos que se viajássemos novamente seria de carro. Com certeza seria menos problemática. Triste ilusão....

ARTIGO

Fazer o bem faz bem
Por Neto

Atividades com fins sociais cresce cada vez mais em países desenvolvidos. É comum ver empresários e executivos americanos, trabalhando em causas beneficentes, talvez porque eles perceberam que as diferenças sociais só traz malefícios a sociedade como um todo e sabem, que a melhor forma de gerar riquezas, sejam elas econômicas ou culturais, só é possível, nos dias de hoje, quando se eliminam os fatores excludentes da sociedade.

Parece que está evidente que a maioria dos problemas urbanos está relacionada diretamente à miséria, como por exemplo a violência. Não que os pobres sejam violentos, mas a condição em que vivem não permite a disseminação de valores familiares e, por que não, espirituais importantes para a formação do indivíduo, dificultando a formação de conceitos sobre o que é certo ou errado. Eu poderia dar muitos exemplos de problemas urbanos que tem como origem as políticas excludentes que existem na sociedade mas prefiro resumir os possíveis resultados que a sociedade terá se pudermos diminuir a diferença entre ricos e pobres.

Dar condições para que as pessoas mais pobres tenham acesso a educação, a informação e a saúde, resultará em pessoas mais preparadas para educar as gerações futuras, conseguir melhores empregos e por conseqüências melhores salários.

Percebam que o processo de formação de uma sociedade homogênea é dinâmica e isto refletirá no próprio desenvolvimento do país e, porque não, do mundo. Trabalhando-se na base dos problemas, dando as classes mais carentes acesso aos meios de informação, educação, melhorando o sistema de saúde (seja ele privado ou estatal), possibilitará que as pessoas tenham condições de aprenderem melhores profissões, tendo melhores salários, tornando-as menos dependentes dos órgãos estatais, possibilitando ao governo investir em outras áreas para o desenvolvimento do país. Sem falar no surgimento de uma nova classe consumidora ávida por produtos e serviços, gerando novos empregos e oportunidades, criando desta maneira um “ciclo vicioso”, porém, positivo de desenvolvimento.

A idéia do fazer o bem faz bem, está começando a ser disseminada também no Brasil, empresas como a Natura, fabricante de cosméticos, incentiva seus funcionários trabalhar em projetos sociais. São empresas inteligentes e que tem uma visão de progresso muito superior aos de nossos governantes. Empresas como essa sabem que não são só os necessitados que ganharão com essas ações. Eles tem uma visão global dos negócios. Não adianta criar novos produtos pois chegará um momento que não terá mais publico para consumi-los. Ajudar a acabar com a pobreza no mundo é uma maneira de continuar existindo. É o “dar os anéis para não se perder os dedos” com um sentido extremamente novo e bastante inteligente.
Porém, não devemos deixar que só uns poucos façam o bem. Precisamos propagar os benefícios que isto gera e não é só o espiritual. Nós, como formadores de opinião, temos obrigação de abrir os olhos de nosso governantes, empresários, líderes comunitários, etc e vender esta idéia. Até porque o povo não quer receber esmolas. Ele quer ter condições de vencer por si próprio, ter um salário digno e uma condição mínima de subsistência que inclua também o lazer, no qual ele pode cultivar seus bens culturais que são extremamente importantes para formação de uma nação.



A seção “Artigo” é escrita por integrantes da Rede Berel, colaboradores e amigos, as idéias expostas aqui não são necessariamente a opinião deste informativo.